O dia da consciência negra, 20 de novembro, abriu a semana de debates
sobre o racismo e intolerância religiosa em São João del-Rei e fez parte da
programação da semana da diversidade sexual da Região das Vertentes.
O combate a discriminação religiosa também é uma bandeira de luta do movimento LGBT
que busca conscientizar a sociedade sobre a diversidade religiosa.
“Infelizmente, muitos tem preconceito e relacionam a umbanda e candomblé como religiões demoníacas ou algo que possa trazer coisas ruins para a vida das pessoas. Por isso querem punir, proibir e controlar o exercício dessas religiões.
Sabemos que há muito racismo e preconceito contra as religiões de matriz
africana. A liberdade religiosa precisa ser garantida. Estamos falando da ancestralidade que é
espiritual, cultural e precisa ser respeitada. O poder público tem o dever de enfrentar a discriminação, preconceito e violência contra os praticantes de religiões de matriz africana” afirma o diretor de direitos
humanos da Prefeitura e presidente do Conselho Municipal de direitos LGBT, Carlos Bem.
O Professor e Pai Cláudio, também falou sobre o
preconceito entre as religiões. “Todas as religiões são boas e temos que
respeitá-las, seja o candomblé, umbanda, etc. O ponto chave é o respeito pela
diversidade, ninguém é igual ao outro. A sociedade de uma maneira geral já não
está mais aceitando o preconceito”, ressaltou.
A Coordenadora das Políticas de Igualdade Racial e
membro do Grupo de Inculturação Afro-descendentes Raízes da Terra, Vicentina
Neves disse que a luta contra o preconceito é incansável. “A discriminação
existe e nós não vamos parar. Existe uma lei que nos ampara e nós vamos atrás
dela porque ela deve ser cumprida”, afirmou.
Foto: Antônio Celso Toco
Dia da Consciência Negra é celebrado com debate no salão nobre da Prefeitura |
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