terça-feira, 24 de julho de 2012

Governo Federal analisa números da homofobia no Brasil



   Pela primeira vez na História do Brasil, o Governo Federal analisou a violência homofóbica no país e compilou os resultados dessa análise em um documento. No relatório Sobre a Violência Homofóbica no Brasil, da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, o Governo analisa os casos de homofobia no ano de 2011 e apontam que 69% deles ocorreram com jovens de 15 a 29 anos.

  O levantamento governamental de 125 páginas traz ainda outros números importantes para mapear a violência contra LGBT no Brasil. Segundo o documento, 69% das vítimas conheciam seus agressores, sendo que 38,2% eram familiares e 35,8% eram vizinhos. 67,5% das vítimas são homens e 26,4% mulheres (6,1% não informados).

   85,5% das agressões atingiram homossexuais, 9,5% bissexuais, 1,5% heterossexuais e 3,4% de orientação não informada. 52,1% delas foram contra pessoas negras e 44,5% contra pessoas brancas. Ou seja, a maioria das vítimas é formada por jovens homossexuais e negros que são agredidos por seus próprios familiares por serem LGBT.

   Já sobre o perfil dos agressores, o Relatório identificou que 52,5% são homens e 34,5% são mulheres (12,9% não informados). 43,9% deles são heterossexuais, 9,5% homossexuais, 2,2% bissexuais e 44,4% não tiveram sua orientação sexual informada. 32,3% dos agressores são negros e 31,2% são brancos (34,9% não informados).
 
  Um dado que causa preocupação – aliado à informação de que a maioria das vítimas é jovem – é que a maioria dos agressores, 40%, tinha de 15 a 29 anos. Isso quer dizer que o preconceito é maior do jovem contra o próprio jovem. 

  Para Dalpson Soares, 21, diretor do MovimentoGay da Região das Vertentes (MGRV), esses dados são preocupantes, mas também é uma motivação a mais para continuar sua luta. Dalpson é jovem, gay e negro o perfil exato da maioria das vítimas da homofobia,segundo os dados do Governo Federal. “Com certeza é um dos grandes motivos que me fez abraçar a causa LGBT, já que vi de perto jovens gays e negros serem discriminados e violentados”, comenta o jovem.  



Imagem tirada da internet*

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